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domingo, 28 de dezembro de 2008

Aproveitamento das águas da chuva



A água é um patrimônio da terra que, apesar de abundante em termos de volume total, começa a faltar em grandes aglomerados urbanos. Dois terços da superfície da terra são cobertos por água mas estima-se que somente 0,36% é considerada própria para o uso humano. Dentro de uma visão que não chega a ser alarmista mas sim preventiva, devemos começar a fazer o que chamamos de gestão eficiente das águas urbanas. Este princípio envolve a economia através da utilização de equipamentos de baixo consumo, envolve o reuso das águas servidas, a preservação dos mananciais e o aproveitamento das águas da chuva.

A água da chuva, considerada como uma necessidade vital no meio rural, se tornou, nas últimas décadas, um grave problema urbano devido às enchentes. A falta de permeabilidade do solo urbano, aliada ao sub-dimensionamento dos ramais pluviais e ao assoreamento dos rios lindeiros faz com que as águas de grandes chuvas não consigam escoamento adequado, gerando enchentes que, muitas vezes, chegam a ser catastróficas.
Em face disto, cidades como São Paulo, Rio de janeiro, Guarulhos e Curitiba já aprovaram leis que obrigam os edifícios a possuírem sistemas de captação e armazenagem da chuva. Com estes reservatórios executados é claro que a ação mais lógica é prover meios de se aproveitar esta água no próprio edifício.

Ao nível das residências, as águas pluviais podem ser utilizadas como fonte de água não potável bastando para tanto que se criem as condições de infra-estrutura necessária para o perfeito funcionamento do sistema. Considera-se a água não potável aquela que não entrará em contato com o ser humano, seja por ingestão ou pelo contato físico. Assim, o uso não potável abrange a água para o vaso sanitário, lavanderia, lavagens em geral e irrigação.

Para se conceber um sistema de aproveitamento de água da chuva nas residências é necessário que se tenha um sistema de calhas no telhado para fazer a captação. Após captada, a água da chuva é direcionada para uma cisterna passando antes por um filtro especial. Depois de ser armazenada, esta água é bombeada para uma caixa d’água própria localizada no telhado, ao lado da caixa de água potável, sendo então distribuída para os usos previstos. Todos os equipamentos que compõem o sistema já são fabricados no Brasil e podem ser encontrados facilmente em representantes por todas as capitais.

Em se tratando de investimentos, a água da chuva pode vir a ser um excelente negócio. Estudos práticos em sistemas já instalados provam que se pode obter um payback (retorno do investimento) que começa com dois anos, chegando a seis anos. Algumas variáveis são responsáveis por esta diferença de tempo e estão, na maior parte das vezes, ligadas ao potencial climático e ao calendário de chuvas da região. O preço da água cobrado pelo concessionário de água e esgoto, bem como a necessidade de armazenamento são outros fatores cruciais no cálculo do payback.

Mais do que um grande negócio, o aproveitamento da água da chuva passa a ser uma resposta da sociedade a um problema que começa a se tornar crônico na maioria dos centros urbanos.



JB PIRES

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

CAFÉ: SAFRAS APONTA PRODUÇÃO 2009/10 EM 38,25 A 41,20 MI SCS

A safra brasileira de café 2009/10 deve ficar entre 38,25 a 41,20 milhões de sacas. É o que aponta a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado para a safra 2009/10, realizada através de um levantamento junto a produtores, agrônomos, técnicos, cooperativas e secretarias de agricultura, entre outros órgãos das regiões produtoras de café do Brasil. O número médio ficou em 39,73 milhões de sacas. Já a produção 2008/09 foi ligeiramente revisada para baixo por SAFRAS de 50,4 milhões de sacas para 50,25 milhões de sacas. Na comparação entre a safra 2009/10 e 2008/09, SAFRAS projeta, portanto, uma queda na produção de 18% a 24%.



A produção total de arábica 2009/10 foi indicada em 27,55 a 29,70 milhões de sacas, com retração de 22% a 27% sobre 2008/09 (37,85 milhões de sacas). Já a safra 2009/10 de conillon foi colocada em 10,7 a 11,5 milhões de sacas, devendo ter queda de 7% a 14% na comparação com 2008/09 (12,40 milhões de sacas).


Sou técnico em cafeicultura e sei as dificuldades que o produtor rural está passando para poder viver no campo, com insumos agricolas com os valores lá em cima, fica quase impossível cuidar da roça, mas temos que ser otimistas e acreditar que isso tudo vai mudar e se Deus quiser tudo vai melhorar!

A Expansão do café no Brasil


Originário da Etiópia, onde já era utilizado em tempos remotos, o café atravessou o Mediterrâneo e chegou à Europa durante a segunda metade do século 17. Era a época do Barroco e das monarquias absolutas, e a expansão do comércio internacional enriquecia a burguesia. Já no início do século 18, os Cafés tornaram-se centros de encontro e reunião elegante de aristocratas, burgueses e intelectuais. Precedido pela fama de "provocar idéias", o café conquistou, desde logo, o gosto de escritores, artistas e pensadores. Lord Bacon atribuía-lhe a capacidade de "dar espírito ao que não o tem". os enciclopedistas eram adeptos fervorosos do café e dos Cafés, que Eça de Queiroz chegou a afirmar, muito depois, que foi do fundo das negras taças "que brotou o raio luminoso de 89", referindo-se às discussões entre iluministas que precederam a Revolução Francesa.


No Brasil

No Brasil, o café anda, derruba matas, desbrava as terras do Oeste. Foi em 1727 que o oficial português Francisco de Mello Palheta, vindo da Guiana Francesa, trouxe as primeiras mudas da rubiácea para o Brasil. Recebera-as de presente das mãos de Madame dáOrvilliers, esposa do governador de Caiena. Ora, como a saída de sementes e mudas de café estava proibida na Guiana Francesa, é licito pensar que o aventureiro português recebeu de Madame não só os frutos, mas outros favores talvez mais doces. As mudas foram plantadas no Pará, onde floresceram sem dificuldade. Mas não seria no ambiente amazônico que a nova planta iria tornar-se a principal do país, um século e meio mais tarde. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos o consumo da bebida crescia extraordinariamente, exigindo o constante aumento da produção, o café saltou para o Rio de Janeiro, onde começou a ser plantado em 1781 por João Alberto de Castello Branco. Tinha início, assim, um novo ciclo econômico na história do país. Esgotado o ciclo da mineração do ouro em Minas Gerais, outra riqueza surgia, provocando a emergência de uma aristocracia e promovendo o progresso do Império e da Primeira República.


Penetrando pelo vale do rio Paraíba, a mancha verde dos cafezais, que já dominava paisagem fluminense, chegou a São Paulo, que, a partir da década de 1880, passou a ser o principal produtor nacional da rubiácea (café). Na sua marcha foi criando cidades e fazendo fortunas. Ao terminar o século XIX, o Brasil controlava o mercado cafeeiro mundial.


Nas cidades surgem Cafés. E o culto ao "ouro verde" "


No começo do século o Café Lamas é um cenáculo de (...) irrequietos boêmios: estudantes, artistas, bancários, rapazes do esporte, do funcionalismo público e do comércio. Funciona dia e noite. Suas portas não se fecham, nem se abrem. De tal sorte que, uma vez, quando se amotina a Escola Militar em 1904, durante a Revolta da Vacina e a notícia corre que, sob o comando do general Travassos, descem os alunos pela.rua da Passagem, caminho do Catete, as portas do estabelecimento, de tanto viverem sem (...) movimento, não podem fechar, perras, imobilizadas nos seus gonzos. E assim é que se manda chamar, para fazer movê-las, um esperto carpinteiro". (Luiz Edmundo.).

Na madrugada carioca, os caminhos de todos os boêmios convergiam, ziguezagueantes e trôpegos, para o Café Lamas. Depois da meia-noite era para ali que avançavam, a passo vacilante, notívagos e intelectuais saídos de outros Cafés famosos, como o Papagaio, o Cascata, o Café Paris e muitos mais. Nos movimentados Cafés tomava-se de tudo, inclusive café, servido por ágeis e animados garçons, que talvez não tivessem plena consciência de seu papel na complexa estrutura econômica do Brasil, mas cuja função representava o último elo, fumegante, negro e aromático, da ampla cadeia do café.

Financiando, armazenando e vendendo, as Casas Comissárias reinam sobre o café

Contemplando certo edifício em Buenos Aires, Olavo Bilac - então em viagem oficial á Argentina - exclamava em 1910: "Casa querida! Como tu lembras, aqui, no estrangeiro, todas as casas da minha vida". Referia-se à sede do Café Paulista, empresa de comercialização fundada por Octaviano Alves de Lima na capital portenha. Notável propagandista, Alves de Lima conseguira aumentar o consumo do café brasileiro pelos argentinos, divulgando o slogan "Café Paulista (Brasil) - O melhor do mundo". O café era o símbolo do Brasil no exterior.

Entre a fazenda produtora e o consumidor estrangeiro, o café passava por uma série de etapas, mudando várias vezes de mão. Depois de conduzido em lombo de burros ou em carros de boi até a estrada de ferro mais próxima, que passava com freqüência pela própria fazenda, era embarcado em vagões, que desciam para o porto de Santos ou do Rio de Janeiro. Mas não era imediatamente exportado. Fazia, antes, um estágio nos armazéns de alguma Casa Comissária e era então vendido aos exportadores. Os comissários de café - geralmente comerciantes portugueses e brasileiros, ou grandes fazendeiros que diversificavam suas atividades metendo-se no comércio e fundando bancos - financiavam plantações sob hipoteca e por conta da produção a ser vendida. Vendendo o café aos exportadores, os comissários tiveram papel decisivo, particularmente no primeiro período de expansão dessa lavoura (final do século XIX), quando a maior parte dos fazendeiros ainda não se mudara para a cidade e vivia isolada nas casas-grandes de suas fazendas. .
Os comissários cobravam dos fazendeiros comissão pela venda, despesas de armazenamento e juros pelo financiamento da plantação. Houve um momento em que foi muito estreita a relação de dependência pessoal do produtor para com o comissário, tomando-se este uma espécie de conselheiro daquele. "Daí persistir em 1890 o costume de grandes casas comerciais hospedarem, nos seus andares superiores, senhores rurais ou pessoas de suas famílias. Quando em visita ás cidades, era aí ou nas próprias residências dos seus comissários (...) que se instalava essa gente do interior". (Gilberto Freyre.) '. Entre as mais importantes Casas Comissárias estavam a Prado Chaves, que era também exportadora - chegando a exportar, em 1910, 1,5 milhão de sacas de café-, a Whitalter & Brotero, a Companhia Intermediária de Café de Santos e a Companhia Paulista de Armazéns de Santos, controlada por ingleses.
Embora a presença estrangeira pudesse ser notada entre os comissários, era, porém, no comércio de exportação que mais forte se fazia sentir sua intervenção. Das dez maiores firmas exportadoras, em 1907, apenas uma era brasileira, a Prado Chaves, que ocupava o sétimo lugar. Todas as outras, como a Theodor Wille (alemã) e a Neumann & Gepp (inglesa), pertenciam a estrangeiros. As vendas externas proporcionavam enormes lucros, pois a própria cotação do café era manipulada pelos exportadores, numa época em que as trocas de informações entre os continentes mostravam-se precárias. Apesar das crises econômicas conjunturais, o consumo mundial de café crescia constantemente. Os lucros dos exportadores, entretanto, não subiam na mesma proporção, pois, entre 1891 e 1900, a exportação de 74 491 000 sacas de café rendeu a cifra de 4691906 contos de réis, enquanto na década seguinte, isto é, entre 1901 e 1910, houve uma queda para 4 179 817 contos de réis no pagamento da exportação de uma quantidade maior de café (130 599 000 sacas). Em 1906, o providencial Convênio de Taubaté viria salvar a situação. E os exportadores poderiam, outra vez, dormir em paz.

Na alta, fortuna. Na baixa, falência. Um convênio irá equilibrar essa balança?
Mas, afinal, o que estava acontecendo com o café? perguntava-se, perplexo, o homem da rua, em fins de 1902. Não era ele o "ouro verde" de que tantos falavam? Que anúncios de crise eram aqueles? Onde estava a antiga euforia, aquela impressão de riqueza sem limites, proporcionada pelo café, e que foi a marca dos últimos decênios do século XIX?
E, com efeito, aquilo que parecia impossível na década de 1880 estava de fato acontecendo. A cotação internacional do café caía constantemente, enquanto as fazendas lançavam no mercado quantidades crescentes do "ouro verde". A safra dos anos 1901/1902 havia superado a marca de 16 milhões de sacas, para um consumo mundial ligeiramente superior a 15 milhões. E a cotação do produto no mercado externo, que havia sido de 102 francos-ouro em 1885, caíra para 33 francos-ouro em 1902. De fato, desde 1893, os preços internacionais vinham caindo sistematicamente como conseqüência dos problemas econômicos dos Estados Unidos, nosso principal cliente, e da expansão mundial da produção de café.

Mas durante alguns anos a queda dos preços havia sido compensada pela desvalorização do mil-réis. Os cafeicultores recebiam menos em libras ou em francos, mas o montante de suas rendas em moeda nacional não se alterava substancialmente. Essa desvalorização do dinheiro era provocada pelo "encilhamento" - política de farta emissão de papel-moeda adotada na gestão de Ruy Barbosa no Ministério da Fazenda (1889-1891), durante o governo de Deodoro da Fonseca. Visando a aumentar a quantidade de dinheiro em circulação, para incentivar o estabelecimento de indústrias e possibilitar o pagamento da massa assalariada que começava a substituir os escravos, o "encilhamento" gerou um galopante processo de inflação. Essa política caracterizou-se também pelo estímulo oficial à constituição de sociedades por ações, o que gerou desenfreada especulação na Bolsa de Valores. (Daí o nome "encilhamento", que se refere ao momento em que são apertadas as selas dos cavalos antes das corridas nos hipódromos - e o ritmo das apostas se torna frenético.) No final do século XIX, depois de um período de euforia, as ações começaram a baixar - e muitos cafeicultores abriram falência. Para restaurar as finanças, o presidente Campos Salles, logo que tomou posse, em 1898, passou a aplicar uma política deflacionária, forçando a revalorização do mil-réis. Ora, revalorizar a moeda significava - caso a tendência baixista na cotação do café não fosse modificada - reduzir fortemente a renda dos cafeicultores. E era o que estava começando a acontecer, agora que a política "saneadora" de Campos Salles apresentava seus primeiros resultados.

A opulência do passado entra em crise

Em 1902, olhando os jornais do dia, ao tomar o fumegante café da manhã, os homens de negócios não podiam esconder seu temor diante dos fatos. E preciso fazer alguma coisa! exclamava o fazendeiro, franzindo o cenho. E preciso fazer algumas coisas! repetiam, como um eco, deputados e senadores, presidentes de Estado, potentados do café. Pois era a rubiácea o sustentáculo da jovem República, assim como o fora do Império.

Expandindo-se em ondas verdes em direção do Oeste durante a segunda metade do século XIX, os cafezais haviam ocupado enormes espaços geográficos do Rio de Janeiro e de São Paulo. Uma nova classe dirigente surgiu daí, muito mais poderosa e opulenta do que os antigos barões do açúcar. Mais urbana do que estes e muito ligada á vida cultural e social da Europa, essa nova classe contribuiu poderosamente para modificar a paisagem das cidades. Sua ação fez surgir um novo estilo arquitetônico, copiado de modelos europeus, e levou o fausto da casa-grande senhorial às chácaras e sobrados urbanos. No Rio de Janeiro, por exemplo, Antonio Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, possuidor de vinte fazendas, fez construir o Palácio do Catete, entre 1858 e 1865, por 8000 contos de réis. A ação urbanizadora do café permitiu também a modernização das grandes cidades e motivou a revolução nos transporte com a implantação das primeiras estradas de ferro. As ferrovias paulistas - a primeira das quais, ligando Santos a Jundiaí é de 1867 -, abrindo caminho para o oeste, acompanharam a plástica fronteira verde. E foram plantando cidades em seu avanço. Só em São Paulo, entre 1891 e 1900, foram criados 41 municípios.

A salvação vem de Taubaté

Em 1906, a crise atingiu seu ponto culminante. A safra de café desse ano ultrapassou os 20 milhões de sacas, para um consumo mundial inferior a 16 milhões, enquanto os preços continuavam a cair. Em fevereiro, reuniram-se em Taubaté os presidentes Jorge Tibiriçá (São Paulo), Nilo Peçanha (Rio de Janeiro) e Francisco Salles (Minas), procurando encontrar uma saída para o impasse. Precedida de intensas pressões dos cafeicultores sobre o presidente da República, Rodrigues Alves - que tomara posse em 1902 - para que fosse aprovado um plano de valorização do café, proposto pelo industrial paulista Alexandre Siciliano, a reunião estabeleceu princípios que iriam modificar inteiramente a orientação econômica do Governo federal. Rodrigues Alves, apesar de paulista e cafeicultor, opunha-se à valorização, pois queria dar continuidade à política deflacionária do governo anterior, de Campos Salles. No entanto, obedecendo aos reclamos do "complexo do café", os presidentes Tibiriçá, Peçanha e Salles firmaram acordo que representava literalmente a "salvação da lavoura". Conhecido como Convênio de Taubaté, esse acordo fixou os seguintes princípios: a) preço mínimo para a saca de café; b) negociação de um empréstimo externo de 15 milhões de libras esterlinas para custear as compras de café a serem feitas pelos Governos estaduais, com a finalidade de retirar do mercado uma parte do produto; c) estabelecimento de um fundo para a estabilização do câmbio, impedindo assim que o mil-réis fosse revalorizado; esse fundo seria a Caixa de Conversão; d) imposição de uma taxa proibitiva para impedir o surgimento de novas plantações.

"Depois de alguma luta para demover os opositores do plano, o Convênio foi finalmente aprovado pelo Congresso Nacional, não sem certa resistência de Rodrigues Alves. Tal resistência, aliás, custou-lhe o mando político do país.

Durante aquele ano ocorreria a sucessão presidencial e os representantes dos grandes Estados rejeitaram o candidato preferido de Rodrigues Alves, escolhendo Affonso Penna, inteiramente identificado com a valorização do café. Empossado em novembro, Penna honraria fielmente seus compromissos com cafeicultura. Durante os três anos seguintes foi implantada a Caixa de Conversão e os Estados conseguiram dos banqueiros europeus o ansiado empréstimo de 15 milhões de libras, com o qual puderam efetuar compras maciças de café excedente. Em 1909, surgiram os primeiros efeitos da política de valorização. Os preços internacionais do café começaram a subir, enquanto a Caixa de Conversão conservava o câmbio artificialmente baixo. No entanto, o país endividara-se no exterior. Os grandes bancos europeus passaram a controlar o comércio do café. Muitas fazendas foram vendidas a estrangeiros, pois o esquema valorizador enriqueceu apenas uma parte dos produtores.

Os principais beneficiários da nova política econômica foram basicamente os banqueiros internacionais e as casas comissárias, que, comprando o café na baixa e vendendo-o na alta, auferiram lucros fabulosos. Algumas delas, aliás, tornaram-se grandes proprietárias de fazendas. A Prado Chaves, por exemplo, adquiriu, nesse período, catorze fazendas, vendidas a baixo preço por cafeicultores arruinados, com um total de 3,5 milhões de pés de café.



terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Tradições natalinas: o Natal ao redor do mundo

As tradições envolvidas na comemoração do natal são muito antigas e foram se renovando no decorrer dos séculos. Durante esse tempo algumas culturas acabaram marcando suas festividades natalinas com aspectos regionais. Conheça algumas das tradições natalinas ao redor do mundo:

Tradições de natal na Suécia
Nos países escandinavos o natal tem seu início em 13 de Dezembro, data em que se comemora o dia de Santa Luzia. Nas festividades desse dia existem tradições natalinas muito peculiares como uma procissão em que as pessoas carregam tochas acesas. De resto, as tradições de natal suecas são muito parecidas com as do resto do ocidente.

Tradições de natal na Finlândia
Na Finlândia há a estranha tradição natalina de freqüentar saunas na véspera de natal. Outra tradição natalina na Finlândia é visitar cemitérios para homenagear os entes falecidos.

Tradições de natal na Rússia
Na Rússia o natal é comemorado no dia 7 de janeiro,13 dias depois do natal ocidental. Uma curiosidade é que, durante o regime comunista, as árvores de natal foram banidas da Rússia e substituídas por árvores de ano novo. Segundo a tradição natalina dos russos, a ceia deve ter muito mel, grãos e frutas, mas nenhuma carne.

Tradições de natal no Japão
No Japão, onde só 1% da população é cristã, o natal ganhou força graças à influência americana, depois da segunda guerra. Por questões econômicas, os japoneses foram receptivos com algumas tradições, como a ceia de natal, o pinheirinho e os presentes de natal.

Tradições de natal na Austrália
Na Austrália o natal é usado para lembrar as raízes britânicas do país. Tal como na Inglaterra, a ceia de natal inclui o tradicional peru e os presentes de natal são dados na manhã do dia 25. Uma curiosidade: devido ao calor alguns australianos comemoram o natal na praia.

Tradições de natal no Iraque
Para os poucos cristãos residentes no Iraque a principal tradição natalina é uma leitura da bíblia feita em família. Há também o “toque da paz”, que segundo a tradição natalina do Iraque, é uma benção que as pessoas recebem de um padre.

Tradições de natal na África do Sul
O natal na África do Sul acontece durante o verão, quando as temperaturas podem passar dos 30 graus. Devido ao calor, a ceia de natal acontece em uma mesa colocada no jardim ou no quintal. Tal como na maioria dos países, tradições como árvores de natal e presentes de natal são quase obrigatórias.

Tradições de natal na Inglaterra
Na Inglaterra as tradições natalinas são levadas muito à sério. Não é à toa, já que o país comemora o natal há mais de 1000 anos. Presentes de natal, pinheirinhos decorados e músicas natalinas são mais comuns na Inglaterra que em qualquer outro país do mundo.

Viu como cada pais tem o seu jitinho para comemorar o natal, mas para nós Brasileiros, tudo é festa, não tem nada de muita seriedade, Boas festas!

JB PIRES

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Mulher fica presa com CINCO mil escorpiões na tentativa de recorde mundial

A tailandesa Nong Na quer superar sua própria marca. Ela viverá com os animais em 'casa' de vidro durante 33 dias.


A tailandesa Nong Na é coberta por escorpiões na tentativa de quebrar seu próprio recorde (Foto: Christophe Archambault/AFP)



Crianças observam Nong Na deitada com alguns dos 5 mil escorpiões que vão dividir a 'casa' com ela em um shopping na cidade de Pattaya (Foto: Christophe Archambault/AFP)





Nong Na beija um dos escorpiões que vão viver com ela durante 33 dias em uma câmara de vidro em shopping de Pattaya (Foto: Christophe Archambault/AFP)

Que maluquisse, você teria coragem? rsrsrsrsrsrs

domingo, 21 de dezembro de 2008

Quando os Homens Choram

Quando os homens choram - O fardo, muitas vezes tem sido pesado demais para os homens que aprenderam a supervalorizar características como a potência e a virilidade...

Homem que é homem não chora. Esta expressão carregada de valores que foi transmitida através de várias gerações tem levado muitos homens a chorar escondidos. Cada um de nós nasce com características biológicas que pertencem ao sexo masculino ou feminino, no entanto, a biologia não é suficiente para explicar como nos tornarmos homens ou mulheres. Os valores sócio-culturais, as relações que temos com outras pessoas, vão gradativamente constituindo a nossa identidade sexual, que diz respeito à maneira como cada um de nós define o significado do que seja homem ou mulher em uma determinada cultura. O fardo, muitas vezes tem sido pesado demais para os homens que aprenderam a supervalorizar características como a potência e a virilidade.

Toda e qualquer manifestação de sensibilidade e fragilidade, geralmente, é reprimida pelos homens. Muitos choram escondidos devido ao medo de serem olhados diferentemente pelos amigos, pelas mulheres ou pela família. Nas academias de ginástica ou nos bares, os homens tendem a se mostrar viris, potentes e machos, pois aprenderam que a sensibilidade é uma característica mais atribuída às mulheres. Ao tratar de alguns homens, tenho percebido que a carga social que muitos carregam, leva-os a desenvolver depressão, abuso de álcool e drogas e tentativas de suicídio. A agressividade é um dos sentimentos mais comuns quando o homem se sente impotente e frágil, pois, na maioria das vezes, não foi educado para expressar seus sentimentos.

Alguns fatores, como o desemprego, a maior autonomia das mulheres no mercado de trabalho e na relação afetiva e sexual, tem deixado muitos homens deprimidos com a sensação de inutilidade e impotência. Para os homens que foram educados para assumir o seu papel de macho e mantenedor da casa, será preciso rever conceitos e teorias sobre o que significa ser homem na sociedade atual. As mulheres estão mais exigentes e conseguiram conquistar espaços sociais que pertenciam exclusivamente aos homens.

Quando um homem chega ao meu consultório e se permite falar de suas fragilidades, ganha autenticidade e alívio. Torna-se um homem melhor para si mesmo, para a mulher e para os filhos. Ao desnudarmos nossas limitações estamos mais abertos para uma nova realidade. Por trás de um homem autoritário e agressivo, há um homem frágil e inseguro que tem medo de demonstrar suas fragilidades. Podemos aprender a ser sensíveis e não perder a masculinidade.


O enfrentamento destes preconceitos enraizados na nossa sociedade só pode ser superado quando estivermos dispostos a rever as causas de nossas angústias e os momentos em que passamos por desertos emocionais.


Eu sou homem o bastante para dizer que eu tambem choro, pois isso faz parte da nossa vida!


JB PIRES

sábado, 20 de dezembro de 2008

Conheça as dez 'modinhas' que mais bombaram na internet em 2008

Vídeos, fotos e tirinhas são disseminados quase que automaticamente.Do irritante 'Rickroll' ao genial 'Garfield minus Garfield'

Retrospectiva 2008

Vez por outra aparece algo curioso na internet que vai se disseminando por e-mail, em blogs, em sites de notícias ou em redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter, até virar "modinha" e se consolidar como conhecimento comum a quase todos os internautas.

É aquele vídeo que todo mundo viu (estilo "Dança do quadrado"), ou aquele site que é citado exaustivamente por aí... O fenômeno é batizado de "meme", uma analogia ao conceito criado pelo zoólogo Richard Dawkins para explicar a disseminação de pensamentos, idéias e produtos culturais. Segundo Dawkins, algumas informações são transmitidas da mesma forma que os genes, replicando-se automaticamente e tornando-se parte da cultura universal.

A internet é o veículo ideal para a transmissão desses "memes". E, com o advento de sites que permitem a criação e a divulgação de conteúdo produzido pelos próprios internautas, os memes ganharam um novo aspecto: a possibilidade de estas unidades de informação não apenas serem retransmitidas, mas ganharem novas leituras. Selecionei dez destas "modinhas" que surgiram em 2008 e que, cada uma à sua forma, ajudaram a moldar a cultura online no ano que passou. Confira a lista:

Garfield minus Garfield

A idéia é simples: o irlandês Dan Walsh resolveu apagar o personagem principal das tirinhas do gato Garfield. Sem o bichano, as historinhas bem-humoradas viraram uma espécie de retrato depressivo e esquizofrênico do jovem Jon Arbuckle. "Garfield minus Garfield" surgiu em fevereiro, e foi destaque em boa parte da blogosfera no início do ano. Logo depois, apareceram os primeiros "clones", como "Dilbert minus everyone" ("Dilbert menos todo mundo"), "Dilbert minus Dilbert" e "Peanuts minus Snoopy" ("Minduim sem o Snoopy"). Até mesmo Jim Davis, criador de Garfield, se declarou fã da criação de Walsh, e autorizou a publicação de um livro sobre a nova tirinha.


Este "meme" nasceu na televisão, mas dominou a pauta de blogs e redes sociais no início de 2008. A comediante Sarah Silverman gravou uma música em "homenagem" ao namorado - o apresentador Jimmy Kimmel.

Na letra, Sarah diz que está traindo Kimmel com o ator Matt Damon. A resposta veio na mesma moeda. Kimmel gravou um clipe afirmando que estava tendo relações sexuais com outro ator, Ben Affleck, amigo de infância de Damon.

As duas músicas geraram novas versões na web, e acabaram ganhando um Emmy, prêmio dado aos destaques da TV americana.


A garota do Wii Fit

Tudo começou com uma "brincadeira" de mau gosto de um namorado, que filmou a amada rebolando enquanto jogava videogame. Detalhe: a moça, que não sabia que estava sendo filmada, vestia apenas camiseta e calcinha. Lauren Bernat, 25 anos, ficou famosa como a "Wii Fit Hula Girl", em homenagem ao nome do game que ela jogava no vídeo. Lauren e o namorado, Giovanny Gutierrez, viraram celebridades. O vídeo teve mais de 2 milhões de exibições nos primeiros dias, após ser postado no Youtube, em maio. A moça conta que chegou a ficar revoltada ao descobrir a fama repentina, mas depois se acostumou com a idéia. No site de compartilhamento de vídeos, há cerca de 500 vídeos de outras mulheres - e alguns homens - imitando Lauren.

Outra mania que nasceu na televisão. Uma participante da edição búlgara do concurso "American Idol" canta uma versão macarrônica da canção "Without you", de Mariah Carey. A letra claramente inventada, no melhor estilo de cantor de churrascaria ("I can't live if living is without you" virou "Ken Lee tulibu dibu dáuchu"), faz até os apresentadores do programa caírem na gargalhada. A primeira gravação da performance, batizada de "Ken Lee", foi publicada no Youtube no dia 10 de fevereiro. Daí para frente, até a própria Mariah Carey comentou a interpretação da aspirante a cantora Valentina Hasan. Valentina acabou fazendo mais sucesso na Bulgária - e no mundo, por que não? - que os vencedores do concurso na TV.

Essa começou em outubro, com base em uma versão do clipe de "Take on me", sucesso da banda A-ha nos anos 80. O artista americano Dustin McLean trocou a letra da música por uma que simplesmente narrava o que acontecia no clipe. Parece fácil, mas é trabalhoso - tanto que até hoje poucas pessoas que resolveram seguir a idéia conseguiram criar clipes com a mesma qualidade do original. Entre as novas versões, destaque para "Head over heels" e "Under the bridge", também feitas por McLean, e "I still Haven't found what I'm looking for".



Difícil conhecer internauta que nunca tenha clicado em um link imaginando estar prestes a ler um texto interessante ou ver um vídeo inédito, e acabe surpreendido pelo vídeo da música "Never gonna give you up", de Rick Astley. Irritante demais, não é?É verdade que o trote começou no ano passado, mas ele se espalhou para toda a internet no início de março de 2008. A piada nasceu no fórum 4chan, considerado o "ground zero" da cultura inútil da internet ocidental, em abril de 2007.

No ano seguinte, começou a tomar volume, até que, no dia 1º de abril, virou "mainstream": o Youtube decidiu "brincar" com seus internautas, enviando todos os links de sua página inicial para o fatídico clipe dos anos 80. O "Rickrolling" ultrapassou as fronteiras da internet, tornando-se uma piada em eventos como jogos de beisebol nos EUA, eleições de clipe do ano na MTV européia e até na parada do dia de Ação de Graças em Nova York.
A simplicidade é o segredo deste meme, impulsionado pela criação, em março, do FAIL Blog. São vídeos ou fotos de fracassos - ou até desastres - com legendas simples.

Algumas criações têm gosto questionável, mas o fato é que "FAIL" ou "EPIC FAIL" (fracasso épico) entraram no vocabulário dos internautas.


'Pork and beans'
Um vídeo sobre as modinhas da web só poderia acabar em modinha mesmo. O vídeo da banda americana Weezer - muito bem feito, por sinal - cita diversos memes dos últimos anos da internet, como "Chocolate rain", "Coca com Mentos" e o eterno clássico "All your base are belong to us". O "Fantástico", da TV Globo, produziu uma versão de "Pork and beans" com as celebridades da internet brasileira. Participam do clipe a banda NX Zero, o ator Guilherme Zaiden (de "Confissões de um emo"), os dançarinos da "Dança do quadrado" e a nutricionista Ruth Lemos, aquela do "sanduíche-iche-iche".
E não é que, no apagar das luzes de 2008, um fato político gerou um dos memes mais engraçados do ano?

Horas após o jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi atirar seus calçados contra o presidente George W. Bush, no dia 14 de dezembro, a internet já fervia com imagens parodiando o ocorrido. O fato virou até game.


O único meme genuinamente brasileiro a entrar na lista. Minimalista, com traços toscos e linguagem baseada nos chats da rede, Cersibon foi uma tirinha publicada no primeiro semestre do ano pelo designer Rafael Madeira.

Boa parte das piadas parecem não fazer sentido, e só têm graça levando em conta que estão escritas em "tiopês", espécie de "dialeto" que une o português aos erros de digitação comuns na internet. Você pode até não gostar, mas o fato é que Cersibon incluiu expressões como "comofas?" e "vaza de cócoras" no vocabulário dos webmaníacos, além de ter gerado uma onda de blogs semelhantes. Os melhores "filhos" da criação de Madeira são o Zezuis, que satiriza histórias da Bíblia, e o Pornibon, com temas mais adultos.




Só tem figura né, diga o que achou? Um abraço,
JB PIRES

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