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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Mamãe Turbine O LEITE

Como Aumentar o Leite em Seus Seios?

Como conseguir uma boa produção de leite? - Amamente seu bebê com mais freqüência. Quanto mais leite for sugado de seus seios, maior será a produção deste. Permitir que seu bebê alimente-se sempre que tiver fome ajudará a melhorar a produção de leite. Você também pode aumentar sua produção de leite utilizando uma bomba de extração em seus seios quando o bebê não puder sugar.

- A sucção (natural ou com bomba) e esvaziamento dos seios irão possibilitar que sua produção de leite seja adequada. Quando a produção ficar escassa durante certo tempo, pode demorar até que você consiga uma produção adequada. Algumas mulheres são incapazes de transformar uma produção deficiente em uma produção adequada.

O que posso fazer para melhorar minha produção de leite?

Muitas mães que estão amamentando afirmam que são incapazes de conseguir uma boa produção de leite. As seguintes sugestões podem ajudar você a melhorar a quantidade de leite.

- Relaxe. Sua produção de leite pode ficar muito baixa quando trabalha demais. O stress produzido pela preocupação com a amamentação ou pelo fato de ser mãe recentemente pode diminuir a quantidade de leite. Aprenda a relaxar usando métodos tais como os aprendidos durante as aulas na maternidade. Escute música suave enquanto amamente seu bebê ou faça com que alguém faça massagens em suas costas.

- Alimente seu bebê de 8 a 10 vezes a cada 24 horas. Desperte-o durante o dia quando ele estiver dormindo há mais de 3 horas, e durante a noite, por mais de 5 horas. Durante as mamadas, retire algumas peças de roupa de seu bebê, para que este permaneça mais alerta no momento de sugar. Troque-o de seio a cada 5 minutos.

- Faça massagens nos seios antes e enquanto estiver amamentando seu bebê. Isto pode ajudá-la a relaxar e também estimular o reflexo de descida do leite.

- É possível que seu bebê esteja dormindo e não peça para ser alimentado, você deve despertá-lo para mamar. Deixe que seu bebê sugue o primeiro seio até que comece a fechar os olhos ou até que as sucções diminuam. Usualmente isto ocorre após ele ter sugado por 3 a 5 minutos. Retire-o do seio e coloque-o para arrotar. Coloque-o no outro seio e deixe-o sugar até que seus olhos comecem a fechar-se ou até que as sucções diminuam. Retire-o do seio e coloque-o para arrotar novamente.

- Retorne ao primeiro seio. Amamente e coloque o bebê para arrotar. Coloque o bebê no outro seio e faça o mesmo novamente. Trocando seu bebê duas vezes de seio ajudará a mantê-lo desperto. Ao colocá-lo para arrotar, você provê mais espaço no estômago dele para que se alimente melhor.

- Você também pode tentar dobrar a alimentação de seu bebê. Amamente seu bebê e coloque-o para arrotar. Quando terminar, passeie com ele em um carrinho. Espere 20 minutos e amamente-o novamente em ambos os seios. Coloque-o para arrotar e ponha-o no carrinho (sentado). Nesta posição seu bebê pode desfazer-se do restante dos gases que possam haver permanecido. Espere 20 minutos e depois coloque seu bebê na cama.

- Acaricie e massageie a pele de seu bebê enquanto o alimenta. Abrace-o e fale com ele. Estas atividades estimulam os hormônios encarregados da produção de leite.

- Tome pelo menos 8 a 10 copos grandes (350ml) de líquidos por dia. Descanse ou durma enquanto o bebê dorme. Peça ajuda a outros familiares com as tarefas de casa. Troque de atividades por um tempo, especialmente as que a deixam cansada ao amamentar.

- Pode ser necessário providenciar uma bomba para a retirada artificial de leite dos seios após amamentar seu bebê. Providencie retirar o máximo de leite de seus seios 7 vezes a cada 24 horas. Anote a quantidade de leite que retirar cada vez que o fizer. Some as cifras diariamente para saber o quanto está aumentando sua produção de leite. Fale com seu médico para saber qual bomba é mais conveniente para você.

- Assegure-se que seu bebê segure corretamente o seio. Assegure-se também que tanto seu bebê quanto você, encontram-se na posição correta durante a amamentação. Para maiores informações, pergunte a seu médico a respeito das recomendações de "como segurar seu bebê durante as mamadas."

- Obtenha ajuda e apoio de seus amigos e familiares. Afaste-se de pessoas que não apóiam seus desejos de amamentar o bebê. Estas pessoas podem desanimá-la a continuar o aleitamento materno.

O que fazer se eu não conseguir incrementar minha produção de leite?

O peso de seu bebê é o mais importante. Os médicos preferem que seu bebê aumente de peso rapidamente e que o amamente primeiro e depois o alimente com leite industrializado. A sucção em seus seios ajuda a manter a produção de leite. Quando seu bebê tiver ganhado peso o suficiente, você pode voltar a amamentá-lo exclusivamente ao seio. As decisões são suasVocê tem o direito de decidir se vai amamentar o seu bebê ou não. Para participar deste plano, você deve aprender a respeito do aleitamento materno e de alguns de seus possíveis problemas.

Assim, você pode perguntar a seu médico sobre suas dúvidas e preocupações. Você não é obrigada a amamentar o seu bebê.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Feliz ano novo e um olhar novo!

As pessoas valorizam muito a festa de Ano Novo, porque sentem o desejo de se renovar. As comunidades antigas expressavam isso através de ritos: jogavam fora roupas e objetos, querendo eliminar o que, em suas vidas, estava "envelhecido". No primeiro momento do ano novo, todos peregrinavam a uma montanha alta para ver uma paisagem nova ou banhavam-se, em um rio ou no mar, para acolher o tempo novo dado por Deus. Até hoje, os ritos que ocorrem nas praias brasileiras, em homenagem a Iemanjá, (nome que a religião dos Orixás dá à manifestação de Deus nas águas do mar), revelam este desejo de renovação.

COMIDINHAS QUE DÃO SORTE

LENTILHAS: uma colher de sopa é suficiente prá assegurar um ano inteiro de muita fatura à mesa. A origem desta supertição é italiana e foi trazida para o Brasil pelos imigrantes.ROMÃS: para atrair dinheiro, coma sete partes, guardando as sementes na carteira.

BAGOS DE UVA: para os portugueses, comer 3, 7 ou a quantidade correspondente ao seu número de sorte garante prosperidade e fartura de alimentos. Para garantir também dinheiro, guarde as sementes na carteira ou na bolsa, até a troca do próximo Ano-Novo.

CARNE DE PORCO: deve ser o prato principal da ceia, servida à meia-noite. Como o porco fuça pra frente, garante armários cheios o ano todo. Evite o peru, que cisca para trás.

NOZES, AVELÃS, CASTANHAS E TÂMARAS: estas, trazidas para cá pelos imigrantes de origem árabe, são recomendadas para garantir fartura. (CRUZ, 89)

A MODA MUDA PRA DAR SORTE

CALCINHA OU CUECA NOVAS: Dão sorte no amor, porque deixam os mal-entendidos para trás. São recomendadas principalmente para quem está começando namoro, para garantir o futuro.

ROUPA BRANCA: é um hábito relativamente recente, trazido para o Brasil com a popularização das religiões africanas. O branco representa luz, pureza, bondade.

QUALQUER PEÇA AMARELA: pode ser uma peça íntima, um lenço, uma faixa ou um pequeno lacinho amarelo (que deve ficar sempre na sua bolsa). O amarelo representa o poder do ouro e, dizem, atrai dinheiro.

UMA NOTA DE DINHEIRO DENTRO DO SAPATO: os orientais dizem que a energia entra no nosso corpo pelos pés. Vai daí, o dinheiro no sapato atrai mais e mais riquezas.

LENÇÓIS NOVOS: a dica é especial para recém-casados. Dizem que os lençóis novos, na primeira noite de ano, deixam as possíveis ameaças do ano passado na máquina de lavar. (CRUZ, 89).

A MEIA NOITE DEPOIS DOS ABRAÇOS, HÁ MUITO O QUE FAZER
PULAR SÓ COM O PÉ DIREITO.

Você estará atraindo boas coisas para a sua vida, pois, segundo a Bíblia, tudo que está à direita é bom.

JOGAR MOEDAS, da rua para dentro de casa (se você mora no térreo, por favor). Dizem que atrai riqueza para todos que moram no lugar.

DAR TRÊS PULINHOS, com uma taça de champanhe na mão, sem derramar uma gota. Depois, jogar todo o champanhe para trás, de uma vez só, sem olhar. Você deixa para trás tudo de ruim. E não se preocupe em molhar os outros: quem for atingido pelo champanhe terá sorte garantida o ano todo.

SUBIR NUM DEGRAU
numa cadeira, enfim, em qualquer coisa num nível mais alto. Diz o folclore que isso dá impulso a sua vontade de subir na vida. Comece, é claro, com o pé direito.

FAZER BARULHO: é uma forma de afugentar os maus espíritos que os povos antigos praticavam. Vale apito, batucada, bater panelas, desde que seja exatamente à meia-noite. Dizem que não há mal que resista.

ACENDER VELAS NA PRAIA
ou jogar rosas nos espelhos de água, em intenção de Iemanjá. A deusa africana protege seus fiéis, com saúde, amor e dinheiro o ano todo, dia o candomblé.
Há ainda o belo costume de receber o Ano Novo com fogos de artifícios, sinos tocando e muita música, tudo à meia-noite. Enfim os desejos, pedidos, simpatias e sonhos sonhados.

Há ainda o belo costume de receber o Ano Novo com fogos de artifícios, sinos tocando e muita música, tudo à meia-noite. Enfim os desejos, pedidos, simpatias e sonhos sonhados.


SUPERSTIÇÕES

- Não é bom passar o Ano Novo com os bolsos vazios.- Comer doze uvas verdes, à meia-noite do Ano Novo, para ter dinheiro em todos os meses do ano, também é bom.
- Guardar em lugar seguro, para ninguém achar, a tampa da garrafa de "champangne" usada na festa de Ano Novo, que tenha feito muito barulho, chama dinheiro.- Defumar a casa, no fim do Ano e véspera do Ano Novo, com um defumador feito com carvão, xerém e açúcar, além de chamar a sorte e dinheiro, tira, também, o azar do ano velho.

- No dia de Reis (6 de janeiro), colocar três caroços de romã dentro da carteira, para ter dinheiro durante o Ano Novo.

É meia-noite no mundo, noite de 31 de dezembro. E, respeitadas as diferenças de fuso horário, promessas são feitas, desejos pensados, mal-entendidos superados. Momento mágico em que queremos acreditar que a mudança da folhinha no calendário pode dar um nossa vida. Aos nossos sonhos.

Se as superstições dão resultados ou não, não importa. A gente quer mais é começar o ano com o pé direito e, por pé direito, entenda-se muita festa e alegria. Mesa farta, música, amigos e parentes por perto, cada um de nós faz pequenas "mágicas" para garantir que o ano seja perfeito.
Finalmente, o Reveillon - (Acordar)- Pobres e ricos confraternizando a chegada do Ano Novo. Oferendas a Iemanjá são feitas em grande parte do litoral brasileiro. Como este costume, há também a simpatia das águas. Se você mora perto das águas, leve rosas brancas, perfume e muita moeda, jogando tudo com muita fé nas águas do mar.

Até 2009, Boas festas!
JB PIRES


segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Barack Obama,Nostradamus e o Papa Negro o que eles tem a ver?

Já imaginavamos que a vitória de Barack Obama causasse grande procura na internet por profecias de Nostradamus. Muitas pessoas nos escreveram perguntando sobre o Papa Negro e a relação entre Nostradamus e a vitória de Obama.

Esclarecendo algumas coisas...
A vitória de um candidato negro a presidência dos Estados Unidos é uma prova de que os americanos estão conseguindo superar seus preconceitos. Mesmo sabendo que uma grande parcela da população votou em John Mccain, essa vitória não foi só dos negros americanos. Foi a conquista de uma população que quer esquecer que há cinquenta anos atrás negros e brancos não podiam frequentar os mesmos estabelecimentos.

Da mesma forma que o atentado às Torres Gêmeas e a morte do papa João Paulo II trouxe diversas pessoas à esse site em busca de alguma "Profecia de Nostradamus", hoje é a vez de Obama ser pesquisado e ter seu nome ligado as profecias de Nostradamus.
Mas afinal, o que pode estar causando essa confusão?
Como já disse anteriormente, o termo "Papa Negro" nada tem a ver com a cor da pele de algum líder nacional ou religioso. É apenas o título de um livro satanista de Anton LaVey contando sua história de como criou sua "Church of Satan". Acredito que a confusão dada pelo título "Papa Negro" ao homem de pele morena que chegou ao poder causa assombro aos mais conservadores e preconceituosos.

Não há profecia de Nostradamus tão pouco relações de Obama com o anticristo. Pelo contrário. Acredito que, como ele disse em sua campanha, veio para trazer mudanças. Mudanças de um mundo em guerra pela sede americana de dinheiro e vingança pelo que aconteceu em 11 de setembro. Vale lembrar que um dos grandes pontos de sua campanha foi a retirada das tropas americanas do Iraque, depois de tantos anos e de milhares de mortos.

Devemos acreditar em mudanças. Reivindicar por mudanças e lutar por elas. Não adianta cruzar os braços e esperar que o mundo resolva sozinho seus problemas. Os americanos acreditam na mudança em seu país, e acho que nós devemos fazer a nossa parte lutando por nossos ideais e contra o preconceito dentro da nossa casa, pois aqui mesmo ainda existe muito preconceito que deve ser combatido.

Não haverá profecia de Nostradamus que deva nos fazer recuar. Nós é que fazemos a história, professia qe nada,tenho orgulho de ser negro efico muito feliz pela vitória de Obama, e como já dizia o Zagalo aqui no Brasil: Vocês vão ter que me engolir",essa frase deveria entrar nos discursos de Obama nos EUA.
JB PIRES

domingo, 28 de dezembro de 2008

Entenda Porque Está Chovendo Tanto

De acordo com a meteorologista Josélia Pegorim, toda a chuva que vem caindo sobre Minas desde sexta-feira está associada a atuação da Zona da Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Desta vez, a parte mais intensa da ZCAS está um pouco mais ao sul e a chuva mais forte vem caindo também sobre a Grande Belo Horizonte e a zona da mata mineira.
A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é um sistema que se forma todos os anos sobre o Brasil, com maior ou menor intensidade e é formado por grandes áreas de nuvens pesadas que se estendem desde a Região Norte ao Sudeste. Essa massa de nuvens sobre o interior do país é reforçada por frentes frias que chegam ao litoral da Região Sudeste.
Na segunda quinzena de novembro, a ZCAS ficou mais ativa sobre o norte mineiro e sobre o Espírito Santo. A chuva persistente e por vezes de forte intensidade também causou alagamentos e deslizamentos de terra.
Previsão
A Zona de Convergência do Atlântico Sul é um sistema que pode demorar até 15 dias para se dissipar. É preciso ocorrer uma grande mudança na circulação dos ventos sobre o Brasil e por enquanto isto não deve acontecer. Assim, as nuvens vão continuar carregadas sobre Minas Gerais por mais alguns dias e a previsão é de muita chuva para todo o Estado, pelo menos até o domingo que vem.

Podia parar né? já tá bom, chega de enchentes e desastres!
JB PIRES

Aproveitamento das águas da chuva



A água é um patrimônio da terra que, apesar de abundante em termos de volume total, começa a faltar em grandes aglomerados urbanos. Dois terços da superfície da terra são cobertos por água mas estima-se que somente 0,36% é considerada própria para o uso humano. Dentro de uma visão que não chega a ser alarmista mas sim preventiva, devemos começar a fazer o que chamamos de gestão eficiente das águas urbanas. Este princípio envolve a economia através da utilização de equipamentos de baixo consumo, envolve o reuso das águas servidas, a preservação dos mananciais e o aproveitamento das águas da chuva.

A água da chuva, considerada como uma necessidade vital no meio rural, se tornou, nas últimas décadas, um grave problema urbano devido às enchentes. A falta de permeabilidade do solo urbano, aliada ao sub-dimensionamento dos ramais pluviais e ao assoreamento dos rios lindeiros faz com que as águas de grandes chuvas não consigam escoamento adequado, gerando enchentes que, muitas vezes, chegam a ser catastróficas.
Em face disto, cidades como São Paulo, Rio de janeiro, Guarulhos e Curitiba já aprovaram leis que obrigam os edifícios a possuírem sistemas de captação e armazenagem da chuva. Com estes reservatórios executados é claro que a ação mais lógica é prover meios de se aproveitar esta água no próprio edifício.

Ao nível das residências, as águas pluviais podem ser utilizadas como fonte de água não potável bastando para tanto que se criem as condições de infra-estrutura necessária para o perfeito funcionamento do sistema. Considera-se a água não potável aquela que não entrará em contato com o ser humano, seja por ingestão ou pelo contato físico. Assim, o uso não potável abrange a água para o vaso sanitário, lavanderia, lavagens em geral e irrigação.

Para se conceber um sistema de aproveitamento de água da chuva nas residências é necessário que se tenha um sistema de calhas no telhado para fazer a captação. Após captada, a água da chuva é direcionada para uma cisterna passando antes por um filtro especial. Depois de ser armazenada, esta água é bombeada para uma caixa d’água própria localizada no telhado, ao lado da caixa de água potável, sendo então distribuída para os usos previstos. Todos os equipamentos que compõem o sistema já são fabricados no Brasil e podem ser encontrados facilmente em representantes por todas as capitais.

Em se tratando de investimentos, a água da chuva pode vir a ser um excelente negócio. Estudos práticos em sistemas já instalados provam que se pode obter um payback (retorno do investimento) que começa com dois anos, chegando a seis anos. Algumas variáveis são responsáveis por esta diferença de tempo e estão, na maior parte das vezes, ligadas ao potencial climático e ao calendário de chuvas da região. O preço da água cobrado pelo concessionário de água e esgoto, bem como a necessidade de armazenamento são outros fatores cruciais no cálculo do payback.

Mais do que um grande negócio, o aproveitamento da água da chuva passa a ser uma resposta da sociedade a um problema que começa a se tornar crônico na maioria dos centros urbanos.



JB PIRES

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

CAFÉ: SAFRAS APONTA PRODUÇÃO 2009/10 EM 38,25 A 41,20 MI SCS

A safra brasileira de café 2009/10 deve ficar entre 38,25 a 41,20 milhões de sacas. É o que aponta a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado para a safra 2009/10, realizada através de um levantamento junto a produtores, agrônomos, técnicos, cooperativas e secretarias de agricultura, entre outros órgãos das regiões produtoras de café do Brasil. O número médio ficou em 39,73 milhões de sacas. Já a produção 2008/09 foi ligeiramente revisada para baixo por SAFRAS de 50,4 milhões de sacas para 50,25 milhões de sacas. Na comparação entre a safra 2009/10 e 2008/09, SAFRAS projeta, portanto, uma queda na produção de 18% a 24%.



A produção total de arábica 2009/10 foi indicada em 27,55 a 29,70 milhões de sacas, com retração de 22% a 27% sobre 2008/09 (37,85 milhões de sacas). Já a safra 2009/10 de conillon foi colocada em 10,7 a 11,5 milhões de sacas, devendo ter queda de 7% a 14% na comparação com 2008/09 (12,40 milhões de sacas).


Sou técnico em cafeicultura e sei as dificuldades que o produtor rural está passando para poder viver no campo, com insumos agricolas com os valores lá em cima, fica quase impossível cuidar da roça, mas temos que ser otimistas e acreditar que isso tudo vai mudar e se Deus quiser tudo vai melhorar!

A Expansão do café no Brasil


Originário da Etiópia, onde já era utilizado em tempos remotos, o café atravessou o Mediterrâneo e chegou à Europa durante a segunda metade do século 17. Era a época do Barroco e das monarquias absolutas, e a expansão do comércio internacional enriquecia a burguesia. Já no início do século 18, os Cafés tornaram-se centros de encontro e reunião elegante de aristocratas, burgueses e intelectuais. Precedido pela fama de "provocar idéias", o café conquistou, desde logo, o gosto de escritores, artistas e pensadores. Lord Bacon atribuía-lhe a capacidade de "dar espírito ao que não o tem". os enciclopedistas eram adeptos fervorosos do café e dos Cafés, que Eça de Queiroz chegou a afirmar, muito depois, que foi do fundo das negras taças "que brotou o raio luminoso de 89", referindo-se às discussões entre iluministas que precederam a Revolução Francesa.


No Brasil

No Brasil, o café anda, derruba matas, desbrava as terras do Oeste. Foi em 1727 que o oficial português Francisco de Mello Palheta, vindo da Guiana Francesa, trouxe as primeiras mudas da rubiácea para o Brasil. Recebera-as de presente das mãos de Madame dáOrvilliers, esposa do governador de Caiena. Ora, como a saída de sementes e mudas de café estava proibida na Guiana Francesa, é licito pensar que o aventureiro português recebeu de Madame não só os frutos, mas outros favores talvez mais doces. As mudas foram plantadas no Pará, onde floresceram sem dificuldade. Mas não seria no ambiente amazônico que a nova planta iria tornar-se a principal do país, um século e meio mais tarde. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos o consumo da bebida crescia extraordinariamente, exigindo o constante aumento da produção, o café saltou para o Rio de Janeiro, onde começou a ser plantado em 1781 por João Alberto de Castello Branco. Tinha início, assim, um novo ciclo econômico na história do país. Esgotado o ciclo da mineração do ouro em Minas Gerais, outra riqueza surgia, provocando a emergência de uma aristocracia e promovendo o progresso do Império e da Primeira República.


Penetrando pelo vale do rio Paraíba, a mancha verde dos cafezais, que já dominava paisagem fluminense, chegou a São Paulo, que, a partir da década de 1880, passou a ser o principal produtor nacional da rubiácea (café). Na sua marcha foi criando cidades e fazendo fortunas. Ao terminar o século XIX, o Brasil controlava o mercado cafeeiro mundial.


Nas cidades surgem Cafés. E o culto ao "ouro verde" "


No começo do século o Café Lamas é um cenáculo de (...) irrequietos boêmios: estudantes, artistas, bancários, rapazes do esporte, do funcionalismo público e do comércio. Funciona dia e noite. Suas portas não se fecham, nem se abrem. De tal sorte que, uma vez, quando se amotina a Escola Militar em 1904, durante a Revolta da Vacina e a notícia corre que, sob o comando do general Travassos, descem os alunos pela.rua da Passagem, caminho do Catete, as portas do estabelecimento, de tanto viverem sem (...) movimento, não podem fechar, perras, imobilizadas nos seus gonzos. E assim é que se manda chamar, para fazer movê-las, um esperto carpinteiro". (Luiz Edmundo.).

Na madrugada carioca, os caminhos de todos os boêmios convergiam, ziguezagueantes e trôpegos, para o Café Lamas. Depois da meia-noite era para ali que avançavam, a passo vacilante, notívagos e intelectuais saídos de outros Cafés famosos, como o Papagaio, o Cascata, o Café Paris e muitos mais. Nos movimentados Cafés tomava-se de tudo, inclusive café, servido por ágeis e animados garçons, que talvez não tivessem plena consciência de seu papel na complexa estrutura econômica do Brasil, mas cuja função representava o último elo, fumegante, negro e aromático, da ampla cadeia do café.

Financiando, armazenando e vendendo, as Casas Comissárias reinam sobre o café

Contemplando certo edifício em Buenos Aires, Olavo Bilac - então em viagem oficial á Argentina - exclamava em 1910: "Casa querida! Como tu lembras, aqui, no estrangeiro, todas as casas da minha vida". Referia-se à sede do Café Paulista, empresa de comercialização fundada por Octaviano Alves de Lima na capital portenha. Notável propagandista, Alves de Lima conseguira aumentar o consumo do café brasileiro pelos argentinos, divulgando o slogan "Café Paulista (Brasil) - O melhor do mundo". O café era o símbolo do Brasil no exterior.

Entre a fazenda produtora e o consumidor estrangeiro, o café passava por uma série de etapas, mudando várias vezes de mão. Depois de conduzido em lombo de burros ou em carros de boi até a estrada de ferro mais próxima, que passava com freqüência pela própria fazenda, era embarcado em vagões, que desciam para o porto de Santos ou do Rio de Janeiro. Mas não era imediatamente exportado. Fazia, antes, um estágio nos armazéns de alguma Casa Comissária e era então vendido aos exportadores. Os comissários de café - geralmente comerciantes portugueses e brasileiros, ou grandes fazendeiros que diversificavam suas atividades metendo-se no comércio e fundando bancos - financiavam plantações sob hipoteca e por conta da produção a ser vendida. Vendendo o café aos exportadores, os comissários tiveram papel decisivo, particularmente no primeiro período de expansão dessa lavoura (final do século XIX), quando a maior parte dos fazendeiros ainda não se mudara para a cidade e vivia isolada nas casas-grandes de suas fazendas. .
Os comissários cobravam dos fazendeiros comissão pela venda, despesas de armazenamento e juros pelo financiamento da plantação. Houve um momento em que foi muito estreita a relação de dependência pessoal do produtor para com o comissário, tomando-se este uma espécie de conselheiro daquele. "Daí persistir em 1890 o costume de grandes casas comerciais hospedarem, nos seus andares superiores, senhores rurais ou pessoas de suas famílias. Quando em visita ás cidades, era aí ou nas próprias residências dos seus comissários (...) que se instalava essa gente do interior". (Gilberto Freyre.) '. Entre as mais importantes Casas Comissárias estavam a Prado Chaves, que era também exportadora - chegando a exportar, em 1910, 1,5 milhão de sacas de café-, a Whitalter & Brotero, a Companhia Intermediária de Café de Santos e a Companhia Paulista de Armazéns de Santos, controlada por ingleses.
Embora a presença estrangeira pudesse ser notada entre os comissários, era, porém, no comércio de exportação que mais forte se fazia sentir sua intervenção. Das dez maiores firmas exportadoras, em 1907, apenas uma era brasileira, a Prado Chaves, que ocupava o sétimo lugar. Todas as outras, como a Theodor Wille (alemã) e a Neumann & Gepp (inglesa), pertenciam a estrangeiros. As vendas externas proporcionavam enormes lucros, pois a própria cotação do café era manipulada pelos exportadores, numa época em que as trocas de informações entre os continentes mostravam-se precárias. Apesar das crises econômicas conjunturais, o consumo mundial de café crescia constantemente. Os lucros dos exportadores, entretanto, não subiam na mesma proporção, pois, entre 1891 e 1900, a exportação de 74 491 000 sacas de café rendeu a cifra de 4691906 contos de réis, enquanto na década seguinte, isto é, entre 1901 e 1910, houve uma queda para 4 179 817 contos de réis no pagamento da exportação de uma quantidade maior de café (130 599 000 sacas). Em 1906, o providencial Convênio de Taubaté viria salvar a situação. E os exportadores poderiam, outra vez, dormir em paz.

Na alta, fortuna. Na baixa, falência. Um convênio irá equilibrar essa balança?
Mas, afinal, o que estava acontecendo com o café? perguntava-se, perplexo, o homem da rua, em fins de 1902. Não era ele o "ouro verde" de que tantos falavam? Que anúncios de crise eram aqueles? Onde estava a antiga euforia, aquela impressão de riqueza sem limites, proporcionada pelo café, e que foi a marca dos últimos decênios do século XIX?
E, com efeito, aquilo que parecia impossível na década de 1880 estava de fato acontecendo. A cotação internacional do café caía constantemente, enquanto as fazendas lançavam no mercado quantidades crescentes do "ouro verde". A safra dos anos 1901/1902 havia superado a marca de 16 milhões de sacas, para um consumo mundial ligeiramente superior a 15 milhões. E a cotação do produto no mercado externo, que havia sido de 102 francos-ouro em 1885, caíra para 33 francos-ouro em 1902. De fato, desde 1893, os preços internacionais vinham caindo sistematicamente como conseqüência dos problemas econômicos dos Estados Unidos, nosso principal cliente, e da expansão mundial da produção de café.

Mas durante alguns anos a queda dos preços havia sido compensada pela desvalorização do mil-réis. Os cafeicultores recebiam menos em libras ou em francos, mas o montante de suas rendas em moeda nacional não se alterava substancialmente. Essa desvalorização do dinheiro era provocada pelo "encilhamento" - política de farta emissão de papel-moeda adotada na gestão de Ruy Barbosa no Ministério da Fazenda (1889-1891), durante o governo de Deodoro da Fonseca. Visando a aumentar a quantidade de dinheiro em circulação, para incentivar o estabelecimento de indústrias e possibilitar o pagamento da massa assalariada que começava a substituir os escravos, o "encilhamento" gerou um galopante processo de inflação. Essa política caracterizou-se também pelo estímulo oficial à constituição de sociedades por ações, o que gerou desenfreada especulação na Bolsa de Valores. (Daí o nome "encilhamento", que se refere ao momento em que são apertadas as selas dos cavalos antes das corridas nos hipódromos - e o ritmo das apostas se torna frenético.) No final do século XIX, depois de um período de euforia, as ações começaram a baixar - e muitos cafeicultores abriram falência. Para restaurar as finanças, o presidente Campos Salles, logo que tomou posse, em 1898, passou a aplicar uma política deflacionária, forçando a revalorização do mil-réis. Ora, revalorizar a moeda significava - caso a tendência baixista na cotação do café não fosse modificada - reduzir fortemente a renda dos cafeicultores. E era o que estava começando a acontecer, agora que a política "saneadora" de Campos Salles apresentava seus primeiros resultados.

A opulência do passado entra em crise

Em 1902, olhando os jornais do dia, ao tomar o fumegante café da manhã, os homens de negócios não podiam esconder seu temor diante dos fatos. E preciso fazer alguma coisa! exclamava o fazendeiro, franzindo o cenho. E preciso fazer algumas coisas! repetiam, como um eco, deputados e senadores, presidentes de Estado, potentados do café. Pois era a rubiácea o sustentáculo da jovem República, assim como o fora do Império.

Expandindo-se em ondas verdes em direção do Oeste durante a segunda metade do século XIX, os cafezais haviam ocupado enormes espaços geográficos do Rio de Janeiro e de São Paulo. Uma nova classe dirigente surgiu daí, muito mais poderosa e opulenta do que os antigos barões do açúcar. Mais urbana do que estes e muito ligada á vida cultural e social da Europa, essa nova classe contribuiu poderosamente para modificar a paisagem das cidades. Sua ação fez surgir um novo estilo arquitetônico, copiado de modelos europeus, e levou o fausto da casa-grande senhorial às chácaras e sobrados urbanos. No Rio de Janeiro, por exemplo, Antonio Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, possuidor de vinte fazendas, fez construir o Palácio do Catete, entre 1858 e 1865, por 8000 contos de réis. A ação urbanizadora do café permitiu também a modernização das grandes cidades e motivou a revolução nos transporte com a implantação das primeiras estradas de ferro. As ferrovias paulistas - a primeira das quais, ligando Santos a Jundiaí é de 1867 -, abrindo caminho para o oeste, acompanharam a plástica fronteira verde. E foram plantando cidades em seu avanço. Só em São Paulo, entre 1891 e 1900, foram criados 41 municípios.

A salvação vem de Taubaté

Em 1906, a crise atingiu seu ponto culminante. A safra de café desse ano ultrapassou os 20 milhões de sacas, para um consumo mundial inferior a 16 milhões, enquanto os preços continuavam a cair. Em fevereiro, reuniram-se em Taubaté os presidentes Jorge Tibiriçá (São Paulo), Nilo Peçanha (Rio de Janeiro) e Francisco Salles (Minas), procurando encontrar uma saída para o impasse. Precedida de intensas pressões dos cafeicultores sobre o presidente da República, Rodrigues Alves - que tomara posse em 1902 - para que fosse aprovado um plano de valorização do café, proposto pelo industrial paulista Alexandre Siciliano, a reunião estabeleceu princípios que iriam modificar inteiramente a orientação econômica do Governo federal. Rodrigues Alves, apesar de paulista e cafeicultor, opunha-se à valorização, pois queria dar continuidade à política deflacionária do governo anterior, de Campos Salles. No entanto, obedecendo aos reclamos do "complexo do café", os presidentes Tibiriçá, Peçanha e Salles firmaram acordo que representava literalmente a "salvação da lavoura". Conhecido como Convênio de Taubaté, esse acordo fixou os seguintes princípios: a) preço mínimo para a saca de café; b) negociação de um empréstimo externo de 15 milhões de libras esterlinas para custear as compras de café a serem feitas pelos Governos estaduais, com a finalidade de retirar do mercado uma parte do produto; c) estabelecimento de um fundo para a estabilização do câmbio, impedindo assim que o mil-réis fosse revalorizado; esse fundo seria a Caixa de Conversão; d) imposição de uma taxa proibitiva para impedir o surgimento de novas plantações.

"Depois de alguma luta para demover os opositores do plano, o Convênio foi finalmente aprovado pelo Congresso Nacional, não sem certa resistência de Rodrigues Alves. Tal resistência, aliás, custou-lhe o mando político do país.

Durante aquele ano ocorreria a sucessão presidencial e os representantes dos grandes Estados rejeitaram o candidato preferido de Rodrigues Alves, escolhendo Affonso Penna, inteiramente identificado com a valorização do café. Empossado em novembro, Penna honraria fielmente seus compromissos com cafeicultura. Durante os três anos seguintes foi implantada a Caixa de Conversão e os Estados conseguiram dos banqueiros europeus o ansiado empréstimo de 15 milhões de libras, com o qual puderam efetuar compras maciças de café excedente. Em 1909, surgiram os primeiros efeitos da política de valorização. Os preços internacionais do café começaram a subir, enquanto a Caixa de Conversão conservava o câmbio artificialmente baixo. No entanto, o país endividara-se no exterior. Os grandes bancos europeus passaram a controlar o comércio do café. Muitas fazendas foram vendidas a estrangeiros, pois o esquema valorizador enriqueceu apenas uma parte dos produtores.

Os principais beneficiários da nova política econômica foram basicamente os banqueiros internacionais e as casas comissárias, que, comprando o café na baixa e vendendo-o na alta, auferiram lucros fabulosos. Algumas delas, aliás, tornaram-se grandes proprietárias de fazendas. A Prado Chaves, por exemplo, adquiriu, nesse período, catorze fazendas, vendidas a baixo preço por cafeicultores arruinados, com um total de 3,5 milhões de pés de café.



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